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domingo, 28 de abril de 2013

FLORBELA ESPANCA


Estos días en los que se recuerda la Revolución de los Claveles, ocurrida el 25 de abril de 1974, en Portugal, me encontré releyendo poemas de Sophia de Mello Breyner, escuchando a Mariza, celebrando la Cena de los Claveles, convocada por Área Ibérica…
Pero una figura atrajo mi atención particularmente. Se trata de la poeta y escritora Flor Bela de Alma da Conceição, conocida como Florbela Espanca (Vila Viçosa, Portugal, 8 de diciembre de 1894 - Matosinhos, Portugal, 8 de diciembre de 1930). Un día como hoy, el 28 de abril de 1930, unos pocos meses antes de suicidarse, escribió en su Diario, pág. 220[1]:
Nao tenho forças, nao tenho  energia, nao tehno coragem para nada. Sinto-me afundar. Sou o ramo de salgueiro que se inclina e diz que sim a todos os ventos.
Su poema “Desejos Vaos”, que se encuentra en el Livro das Mágoas , es cantado por Mariza en su álbum Transparente y dice así:
Eu q’ria ser o Mar d’altivo porte

Que ri e canta, a vastidão imensa!

Eu q’ria ser a pedra que não pensa,

A pedra do caminho, rude e forte!


Eu queria ser o sol, a luz intensa,

O bem do que é humilde e não tem sorte!

Eu q’ria ser a árvore tosca e densa

Que ri do mundo vão e até da morte!


Mas o Mar também chora de tristeza...

As árvores também, como quem reza,

Abrem, aos Céus, os braços, como um crente!


E o Sol altivo e forte, ao fim dum dia,

Tem lágrimas de sangue na agonia!

E as Pedras... essas... pisa-as toda a gente!...
Desejos vãos
Eu queria ser o Mar de altivo porte

Que ri e canta, a vastidão imensa

Eu queria ser a Pedra que não pensa

A pedra do caminho, rude e forte
Eu queria ser o Sol, a luz intensa

O bem do que é humilde e não tem sortel

Eu queria ser a árvore tosca e densa

Que ri do mundo vão e até da morte
//:Mas o Mar também chora de tristeza...

As árvores também , como quem reza

Abrem, aos Céus, os braços, como um crente
E o Sol altivo e forte, ao fim de um dia

Tem lágrimas de sangue na agonia

E as Pedras... essas... pisa-as toda a gente...

pisa-as toda a gente...://
Muchos años después, el 28 de abril de 2013, quiero lamentar su pesimismo y manifestarle mi admiración y respeto. 



[1] Florbela Espanca, Contos e Diario, Edit. LeYa S.A., Portugal 2008

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