Estos días en
los que se recuerda la Revolución de los Claveles, ocurrida el 25 de abril de
1974, en Portugal, me encontré releyendo poemas de Sophia de Mello Breyner,
escuchando a Mariza, celebrando la Cena de los Claveles, convocada por Área
Ibérica…
Pero una figura
atrajo mi atención particularmente. Se trata de la poeta y escritora Flor Bela
de Alma da Conceição, conocida como Florbela Espanca (Vila Viçosa, Portugal, 8
de diciembre de 1894 - Matosinhos, Portugal, 8 de diciembre de 1930). Un
día como hoy, el 28 de abril de 1930, unos pocos meses antes de suicidarse, escribió
en su Diario, pág. 220[1]:
Nao tenho forças, nao tenho
energia, nao tehno coragem para nada. Sinto-me afundar. Sou o ramo de
salgueiro que se inclina e diz que sim a todos os ventos.
Su poema “Desejos
Vaos”, que se encuentra en el Livro das
Mágoas , es cantado por Mariza en su álbum Transparente y dice así:
Eu q’ria ser o Mar d’altivo porte
Que ri e canta, a vastidão imensa!
Eu q’ria ser a pedra que não pensa,
A pedra do caminho, rude e forte!
Eu queria ser o sol, a luz intensa,
O bem do que é humilde e não tem sorte!
Eu q’ria ser a árvore tosca e densa
Que ri do mundo vão e até da morte!
Mas o Mar também chora de tristeza...
As árvores também, como quem reza,
Abrem, aos Céus, os braços, como um crente!
E o Sol altivo e forte, ao fim dum dia,
Tem lágrimas de sangue na agonia!
E as Pedras... essas... pisa-as toda a gente!...
Desejos vãos
Eu queria ser o Mar de altivo porte
Que ri e canta, a vastidão imensa
Eu queria ser a Pedra que não pensa
A pedra do caminho, rude e forte
Eu queria ser o Sol, a luz intensa
O bem do que é humilde e não tem sortel
Eu queria ser a árvore tosca e densa
Que ri do mundo vão e até da morte
//:Mas o Mar também chora de tristeza...
As árvores também , como quem reza
Abrem, aos Céus, os braços, como um crente
E o Sol altivo e forte, ao fim de um dia
Tem lágrimas de sangue na agonia
E as Pedras... essas... pisa-as toda a gente...
pisa-as toda a gente...://
Muchos años después, el 28 de abril de 2013, quiero lamentar su pesimismo y manifestarle mi admiración y respeto.
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